77 VOTOS DE DIFERENÇA

Foram apenas 50,41%, um pouco mais da metade dos votos válidos, ou, precisamente 77 votos de diferença, sem contar 362 votos brancos e nulos que também demonstram a insatisfação com o atual gestor. Foi dessa forma que os eleitores de Joselândia quase, mas quase, tira o direito do prefeito Biné de continuar no comando da administração municipal pelos próximos quatro anos. Nem mesmo as pesquisas realizadas pelo instituto INOP, onde segundo ela, havia uma larga vantagem do prefeito Biné em relação a Raimundo Zuca, foram suficientes para manter o eleitorado de Biné a seu lado. Foram 13 pontos de erro. Foi dramático.

Pelo que podemos perceber com o resultado das eleições, o erro não foi apenas nas pesquisas eleitorais, mas também no modo do prefeito Biné governar o município. Logo em seu primeiro ano de gestão, já era possível perceber a tamanha insatisfação da população com sua administração, o que se prolongou até hoje. Antes do início da campanha eleitoral, ouve até rumores de que ele não seria nem candidato a reeleição, por conta da tamanha desaprovação popular, mas pressionado pelo seu grupo político e pela sua família, acabou voltando atrás. Dessa vez sem Orleans seu então secretário de saúde, com quem esteve durante toda a administração, Biné se aliou com lideres, para a surpresa de todos, líderes esses os quais já vinham travando, com ele, uma rivalidade política de quase uma década. Tudo para poder salvar sua reeleição.

A resposta do povo foi clara nas urnas. Biné venceu! Mas mesmo com sua vitória será se o prefeito entendeu as vozes das urnas?

Agora é hora de fazer diferente. Pois quem acha que a população de Joselândia está satisfeita com a administração do prefeito Biné, é por que não entendeu o que realmente é 77 votos de diferença em uma eleição onde mais de 9800 eleitores compareceram.

É fato de que a população está totalmente dividida e que é responsabilidade do prefeito, agora, unificar as opiniões com relação a sua forma de governar, e que o povo está aprendendo a seguinte lição: “gorjeta não dura quatro anos”.