A 1ª Promotoria da Comarca de Itapecuru-Mirim ajuizou, em 17 de
julho, Ação Civil Pública por Atos de Improbidade Administrativa contra o
prefeito, a secretária de saúde e o coordenador do Fundo Municipal de
Saúde de Miranda do Norte (a 138 km de São Luís), respectivamente José
Lourenço Bonfim Júnior, Celina Linhares de Amorim e Carlos Eduardo
Fonseca Belfort.
O objetivo é o ressarcimento de R$ 1,89 milhão
aos cofres públicos, desviados pelos três gestores municipais, por meio
de registros irregulares de procedimentos. O valor refere-se a recursos
repassados pelo Ministério da Saúde para tratamento oftalmológico,
especialmente glaucoma.
O
promotor de justiça Benedito de Jesus Nascimento Neto, que responde
temporariamente pela 1ª Promotoria da Comarca de Itapecuru-Mirim, apurou
que, mesmo atendendo somente às sextas, totalizando carga horária
semanal de oito horas, o Hospital Municipal Pedro Vera Cruz Bezerra –
único estabelecimento autorizado para realizar atendimento oftalmológico
no município – figura no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
(CNES) como hospital que presta atendimento durante 24 horas. Nunca
houve comprovação do cumprimento dessa carga horária junto ao Ministério
da Saúde.
Outra irregularidade constatada pelo Ministério Público
do Maranhão (MPMA) é a incompatibilidade da carga horária registrada no
CNES com a ocorrência de glaucoma e com a população de Miranda do Norte
(24.427 habitantes, segundo o IBGE). “Os procedimentos e atendimentos
oftalmológicos de glaucoma para os quais foram destinados os recursos,
nunca foram realizados”, acentua o promotor na ação.
Segundo
vistoria feita pelo Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único
de Saúde (Denasus) na documentação do hospital, foi comprovado que a
secretaria de Saúde do município “validou, processou e autorizou
pagamentos com graves erros, que contrariam a legislação, causando
prejuízo para o erário, que pagou por procedimentos não realizados”.
“A
quantia desviada do erário público, representa o descaso com a saúde
pública local, considerando que pouquíssimos pacientes acometidos de
glaucoma foram atendidos, situação que revela a insensibilidade, a
irresponsabilidade, a desonestidade com o patrimônio público e as
pessoas destinatárias do atendimento médico”, destaca o promotor na
ação.
PEDIDOS
Na Ação, o representante do
MPMA pede que os três sejam condenados à suspensão de seus direitos
políticos por oito anos e ao ressarcimento de R$ 1.892.228,25 ao Fundo
Municipal de Saúde (FMS). De acordo com o pedido do MPMA, deste valor o
prefeito e a secretária de Saúde devem igualmente ressarcir R$
756.891,30, enquanto o coordenador do FMS deve devolver aos cofres
públicos o valor de R$ 378.445,65.
Outra sanção requerida pelo MPMA é que os três gestores sejam condenados ao pagamento de multas que totalizam R$ 7,65 milhões.
fonte da informação: http://jornalpequeno.com.br
esse cara tem que ir é pra cadeia
ResponderExcluirSE BRINCAR JOSELÂNDIA VAI PELO MESMO CAMINHO, O SECRETÁRIO ESSE NEM GOSTA DE GRANA
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