Em nota conjunta, os partidos de oposição defenderam neste
sábado o afastamento de Eduardo Cunha do cargo de presidente da Câmara. Assinam
o documento os líderes Carlos Sampaio (PSDB), Mendonça Filho (DEM), Arthur Maia
(Solidariedade), Rubens Bueno (PPS), Fernando Bezerra Filho (PSB) e Bruno
Araújo (bancada da minoria). A despeito do revés, Cunha reafirmou que não
cogita renunciar ou pedir licença do cargo.
Com a nota deste sábado, o bloco da oposição rompe a aliança
tática que mantinha com Cunha. O deputado era preservado de ataques, na
expectativa de que despachasse na próxima terça-feira o pedido de abertura de
processo de impeachment contra Dilma Rousseff, formulado pelos juristas Hélio
Bicudo e Miguel Reale Júnior.
O apoio da oposição à permanência de Cunha no comando da Câmara
ruiu nesta sexta-feira, depois que ganharam o noticiário detalhes sobre as
contas que o presidente da Câmara dizia não possuir na Suíça. Conforme
noticiado pelo blog, a articulação do desembarque começou a ser discutida já na
noite passada.
A oposição decidiu se mexer porque as novidades tornaram
insustentável o apoio a Cunha, ainda que velado. Revelaram-se dados sobre a
origem da propina recebida por Cunha, sobre o corruptor, sobre o intermediário
dos repasses, sobre o banco em que foram feitos os depósitos e sobre a
utilização que o deputado e sua família fizeram do dinheiro de má origem.
Diante da precariedade da situação de Cunha, até aliados mais
próximos do deputado sugerem que ele negocie o afastamento da presidência em
troca da preservação do mandato. Algo semelhante ao que fez, em 2007, o senador
Renan Calheiros. Por ora, Cunha se recusa a abrir esse tipo de negociação.
Fonte: Blog do Josias via Marrapá
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